segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Errata

Em meu ultimo texto, sobre o Ecodia, comecei assim:

“Sair de casa para pegar lixo na beira do rio, um dia no ano, não faz o menor sentido sem todo um trabalho de conscientização ambiental por trás. Faz?”

Vou corrigir a pergunta, depois da Piaboia:

“sair de casa para pegar lixo na beira do rio, antes da Piaboia, não faz o menor sentido. Faz?

Um evento que começou com a proposta de juntar lixo na beira do rio (Piaboia), hoje é o evento mais poluidor do município. Isso é que é inversão de valores!

E o pior!;

Há um mês foi realizado o Ecodia, cujo objetivo (único) é a limpeza dos rios e córregos do município. Palhaçada!

Faz o ecodia depois da piabóia. Para que os participantes se sintam menos otário!


Só não vê, quem não quê!

Piadabóia de humor negro...

Este final de semana foi realizada em Paraibuna a Piaboia edição XIX. Evento renomado, haja vista o enorme número de participantes mesmo sem grande divulgação.

Evento que fora concebido com o objetivo de competição, onde os participantes que juntassem mais lixo ganhariam prêmios... uma iniciativa interessante, que concebida há quase vinte anos já carregava o “espírito” da conscientização ambiental. Enfim o evento ganhou corpo e adeptos que se preparam para a Piaboia todos os anos, tal a importância que o evento tomou.


Falta de informação

Sábado dia 26, véspera do evento a Secretaria de Esporte e Lazer ficou fechada o dia inteiro.Munícipes e turistas que procuraram a Secretaria atraś de informação e orientação deram com burros n'água; um dia antes! Por que o pior estava por vir.

Tal descaso com a prestação de informações, delata a falta de preparo e capacidade do Secretário em gerir tal evento. Presumo que ele não achava necessário que a secretaria ficasse aberta neste dia dando informações sobre proibição de ingestão de bebida alcolica, uso obrigatório de salva vidas, local do evento, etc. Simplesmente disponibilizar informação aos turistas e munícipes a fim de evitar maiores problemas.

Consequências da falta de orientação;

Não havia na cidade, tão pouco ao longo do caminho, orientações de localização e ou medidas de segurança.

A maioria dos turistas acabaram atravessando a pista por cima, uma vez que não havia nenhuma orientação a respeito da passagem sob-ponte a menos de 30 metros daquela travessia.

Sem informação para estacionar tão pouco funcionários para orientar a chegada ao local de largada o trânsito travou. Travou mesmo! Carreguei a bicicleta em cima da cabeça uns duzentos metros... nem bike passava. E o pior o “travamento” ocorreu a uns 1000 metros do local de largada o que obrigou alguns participantes a largarem dali mesmo, conseqüentemente, sem nenhuma inscrição ou orientação.

Irresponsabilidade

No cartaz do evento havia símbolo proibindo a ingestão de bebida alcoólica. E lá nenhuma fiscalização, orientação ou controle. Inclusive por parte de inúmeros participantes a maior preocupação parecia ser a “Chapação” tão pouco e não a diversão da descida de bóia.

Obrigação da realizadora do Evento(A Prefeitura)

Em eventos dessa natureza, onde a Prefeitura entra como realizadora do evento, ou seja, ela é a responsável legal pelo evento. Algumas medidas de orientação aos participantes e exigência das "obrigatoriedades" é fundamental. A inscrição deve ser obrigatória! Porque é no ato da inscrição que a responsável pelo evento (a Prefeitura) passará as orientações necessárias ao participante como, por exemplo: número de identificação do participante, uso de salva vidas, bóia (não colchão inflável) e conscientização da proibição da ingestão de bebida alcoólica e outras drogas.

As pessoas têm que entrar de forma coordenada na água através de monitores. Não adianta todos os funcionários da Secretaria ficarem dentro de um “cercadinho”. Se não for ao microfone dar informação e coordenar na beira da água a entrada dos participantes, nada vai rolar como deve. Agora, conheço boa parte deles e garanto que o problema está no comando.

Perigo dentro d’água

A maior irresponsabilidade para mim estava na falta de controle dentro d’água. Não havia profissionais da Prefeitura ou bombeiros (militares ou civis) fazendo o controle dentro d’agua, tão pouco nas passagens de corredeiras que são as partes mais perigosas do percurso. E onde teria ocorrido a morte de Jean.


Saldo


01-A primeira morte, Jean Luís Prado da Silva (turista), 22 anos.

Primeira morte de outras que poderão ocorrer por negligência dos gestores ou por imprudência dos participantes.

02-A Piaboia é o maior evento turístico de Paraibuna (em número de turistas).

Cresceu em volume de participantes, mas os gestores não acompanharam em capacidade de produzir tal evento.


A culpa

E a culpa é de quem escolhe o secretariado, ou seja, é do Barros e do Vitão, Sim! Eles são os signatários eleitos, por isso, são também os responsáveis pelas irresponsabilidades dos Secretários.

Para mim a atual administração dá provas de incompetência em gestão a todo o momento.


"-Só não vê, quem não quê!"


quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Poesia Plástica (síntese poética do Ecodia)


O Eco do dia.

Era eco dá Ecologia.

Dia Eco, que ecoa até meio dia.


Até rima com tinha.

Mas não detinha,

a mão de obra visageira.


O Eco do dia.

Até rima com tinha.

O Eco dá Ecologia.

Mas não detinha,

a mão de obra visageira.

Dia Eco, que ecoa até meio dia.

Roteiro de tirinhas e tiradinhas ( inspiradas pelo Ecodia)

Tira-Foca! (tirinha da fofoca).

Angélica: -Tem gente graúda e bem informada (em tese) que “moto - serrou” varias árvores da frente da modesta mansão! A cor amarelo ouro lembra mesmo um pote do metal.

Ingênua: - Acho que estava tirando a “vista” da cidade.

São estas pessoas que eu gostaria de ver participando do Ecodia. Quem sabe entra na cabeça. Porque conhecer leis; não garante o respeito ao meio ambiente!

Tirinha nerd.

1/2Dia. 1/2Eco. 1/2 Boca! = 1/8 de um dia Eco!

(TL-FM no acto!)

1/2 Dia,1/2Eco,1/2 Boca! Meio ambiente, não Agricultura.

Sábado dia 5 novembro, foi realizado em Paraibuna o EcoDia. Que sob meu módico olhar, nada mais é que um dia voltado à Educação Ambiental. Já que sair de casa para pegar lixo na beira do rio um dia no ano não faz o menor sentido sem todo um trabalho de conscientização ambiental por trás. Faz?

Vamos pelo começo.

Fiquei sabendo graças à Chefia do Grupo Escoteiro, qual meu filho participa e que integraria o evento junto de outros setores da sociedade civil. Fui avisado por e-mail, com folder digital elaborado pela Prefeitura e tudo! -Chique! Como se diz aqui em Paraibuna, terra de gente bonita (parabéns!). Fiquei feliz, começamos bem. A internet sendo utilizada para divulgação ecologicamente correta em um evento ecológico. Prometia!

-Vamos lá!

Sábado, ainda com preguiça, eu e meu filhote nos dirigimos até o local. Chegamos um pouco atrasados, inclusive, já batiam as oito, mas não éramos os únicos. Chegando ao Bosque Municipal nos deparamos com uma infra-estrutura extraordinária. Três tendas enormes compatíveis com as utilizadas na “Pamonhada”, mais três tendas de apoio onde se podia conseguir água e kit-lanche.

Abertura como todas. Sem problema. O apresentador estratégico, chama à palavra o responsável pela frente de Agricultura do município. Que no nosso caso é o Marquinhos (da Agricultura), conhecido da moçada! Na fala, pensamentos positivos e motivacionais permeados de clichês ambientais.

Enfim, depois das palavras de hora. - Perna para quem te quero!, para uns e; -Vamos juntar lixo para outros! Escoteiros se dirigiram à beira do córrego, terceira idade aos ônibus, bombeiros ao rio, jovens do IHH Fauser ao córrego Laranjeiras e adjacências, e borá lá!...Trabalharam na catação do lixo umas três horas pelo menos. E, ao final... bastante lixo foi juntado comprovando a falta de consciência ambiental dos nossos cidadãos; naturalmente por falta de: Educação Ambiental! Ao final palavras de agradecimento do anfitrião da Agricultura de nossa cidade.

Falta de coerência;

O kit- lanche, que era um pão com presunto e queijo embalado em Plástico, acompanhado de uma garrafinha de Plástico com suco de uva, tudo isso dentro de um saco Plástico. Se já não bastasse o alto nível de industrialização dos produtos: uva em pó, pernil de porco do centro-oeste brasileiro prensado depois fatiado, alimento de bezerro qualhado depois fatiado, pão feito com farinha transportada da Argentina para cá e plástico, muito, muito, plástico! -Triste!

No dia do EcoDia a distribuição de frutas da época deve ser praticada com a finalidade de estimular os alimentos não industrializados. Distribua frutas (de época) como alimento juntamente com palestras de conscientização alimentar (Saúde e meio- ambiente, numa só!).

A educação ambiental deve ensinar o contrário da cultura de massa (cultura de consumo pag. 3 a 21). Não reforçá-la! -Sacô Mano?

Falta de coesão;

Educação e Educação Ambiental? Gostaria de saber o que o secretariado entende por Educação e Educação ambiental. Pergunte a eles na próxima reunião Prefeito. E vai ver que não sai muita coisa. O eco é lógico e o pior; falta coesão!

É inimaginável organizar tal iniciativa sem integração e troca de idéias entre Educação e Meio-Ambiente (aqui representado pelo Agricultura).

Critica dura

Gostaria de fazer referência a cara de pau do (Agricultura). Você não pode acreditar nas coisas que falou depois de ter cortado uns 400 anos em árvores nos últimos meses e plantado coqueiro e rameirinhas no lugar.

-Canastrão! [coloq.]

Até fiz uma “frase de efeito” para ser adicionada ao slogan da Casa do ( Agricultura).

“Casa da Agricultura, onde preservação se faz com moto-serra e plástico!”

Árvores cortadas: Todas, atrás da Prefeitura! Todas da subida da gruta! Mais algumas na frente da Vila Camargo, na saída da cidade, entre outras... mais leia aqui .(fotos)

Meus caros,

Sabe qual é o problema. Educação ambiental se faz com Educação: Onde estavam os alunos e professores das escolas do município? O que foi ensinado? O que ficou de conscientização na cabeça dos participantes? O que se falou em preservação e meio ambiente?

Para que serviu o Ecodia?

Para mim foi um gasto vultoso. Com produção de cenário cinematográfico para a produção de “fatos”. E “fotos” que comporão as páginas da próxima edição da revista da Prefeitura. Onde vai parecer que a Prefeitura investe em Conscientização Ambiental, Educação Ambiental, Turismo-lazer, Saúde... Mas é mentira! Não é um dia juntando lixo que vai fazer as pessoas mudarem (se conscientizarem!) tão pouco as que não estavam lá.

As pessoas precisam ouvir interlocutores que manjem do assunto. Pelo menos uma hora de palestra com pessoas envolvidas na área de meio ambiente. Meio ambiente, não Agricultura.

Esperança;

Me resta sonhar com o dia onde o “eco” tenha realmente o significado de ecológico.

Palestras e Oficinas voltadas à conscientização ambiental com a presença massiva das escolas do município, que é onde está à consciência do futuro e que é onde realmente devemos investir educando, capacitando e por fim formando o futuro do nosso município. Crianças, adolescentes e jovens! Este é o público-alvo! Não adianta a presença massiva da terceira idade, mesmo que bem vinda, mas não são eles que mudarão o futuro.

Imagino nas tendas; apresentação (para conscientização) da importância da Coleta Seletiva de Lixo, maquete-esquemática do funcionamento do moderníssimo aterro sanitário com exposição do projeto das futuras instalações das ETEE's (Estações de Tratamento de Esgoto) que ficarão prontas em 2020 e finalizarão um grande projeto Turístico-ambiental do município.

O vereador que apresentou o projeto de lei que OBRIGA a instalação de fossas-sépticas em novas casas de todo o município de Paraibuna (inclusive do centro da cidade) apertando a mão do Diretor de Meio-Ambiente, que por iniciativa própria e com apoio do executivo, trouxe qualificação de mão de obra para as macro e micro-regiões do município com o tema: “Funcionamento e dimensionamento de fossas sépticas e sumidouros”, além do aporte técnico dado aos munícipes no planejamento e técnicas de manejo de Agroflorestas com objetivo de estimular a subsistência digna de famílias da zona rural.